A empresa farmacêutica GSK lançou na manhã de ontem a primeira vacina de prevenção à meningite bacteriana tipo B no País, aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Recomendada para pessoas a partir dos 2 meses aos 50
anos, a imunização, no entanto, só estará disponível nas clínicas
particulares de vacinação, chegando a esses locais até o fim da primeira
quinzena deste mês. Para os estabelecimentos, cada dose será vendida a
R$ 340, mas o valor repassado ao paciente irá variar entre os Estados
por conta da tributação.
Atualmente, fazem parte do calendário nacional
de vacinação quatro tipos que protegem contra a meningite: a BCG; a
pentavalente; a meningocócica C; e a pneumocócica.
O pediatra e vice-presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunologia), Renato Kfouri, explicou que a integração da vacina no calendário do SUS (Sistema Único de Saúde) não depende de pedido da indústria. “Existe o Comitê Técnico Assessor em Imunizações, do Ministério da Saúde, que se reúne periodicamente para discutir quais são os avanços do programa e a possibilidade de inclusão de vacinas. Ele vai observando o número de casos, coloca na pauta de discussão de acordo com a importância que a doença tem e os dados de proteção disponíveis com aquela vacina”, falou o médico. A defesa contra o tipo B já foi aprovada em 37 países e em seis integra o programa nacional de imunizações.
A meningite é uma infecção que se instala
principalmente quando uma bactéria ou vírus consegue vencer as defesas
do organismo e ataca as meninges – três membranas que envolvem e
protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema
nervoso central.
Os sintomas iniciais incluem febre, irritabilidade,
dor de cabeça, perda de apetite e vômito. A doença pode matar em até 24
horas.
No Brasil, em 2014, 53% dos casos de meningite em
crianças menores de 5 anos foram causados pelo meningococo B; no Grande
ABC, 20%, segundo o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de
Notificação), do Ministério da Saúde. A região registrou, em 2014, três
contaminações: uma em Diadema e duas em São Bernardo. “Os casos do
sorogrupo C, em crianças abaixo de 2 anos, estão relativamente contidos
em quem está coberto no Grande ABC. Porém, existem casos do tipo B em
todas as faixas etárias. Não é uma doença que tem como único problema
levar à morte, mas que também pode gerar um surto, e o ideal é
prevenir”, alertou o gerente médico da GSK, Felipe Lorenzato.
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