Durante conversa nos bastidores em um dos últimos shows do
Cristiano Araújo no Nordeste, Wesley Safadão pediu a opinião do artista
que também projetava expandir a carreira nacionalmente antes de falecer
em um acidente de carro em 24 de junho. “Perguntei a ele: ‘Será que vale
a pena gastar isso tudo?’ E ele disse: ‘Safadão, quando você olhar para
atrás vai poder mostrar aos seus filhos o que fazia e como as pessoas
cantavam sua música’. E se Deus está me dando essa oportunidade, porque
abrir mão? A gente precisa mostrar nossa cara para o país inteiro. E o
que o Cristiano falou abriu meus olhos”, relatou o cantor de 26 anos,
durante coletiva de imprensa em Brasília-DF, na tarde desta
quarta-feira.
A palavra de ordem deste trabalho é versatilidade. O objetivo é mostrar para o Brasil que o forró de Wesley também dialoga com outros ritmos. “Alguns radialistas pediram para mudar um pouco a batida de Camarote, para ficar mais ‘sertanejada’. Nós preferimos forçar um pouquinho e conseguimos emplacar”, comemora o empresário Renan Nóbrega. A primeira música de Wesley com destaque nacional foi Tentativas em vão, em 2010. “Por mim lançava músicas todos os dias. Tenho esse hábido de atualizar sempre meu repertório e estar trazendo novidade. Não tenho medo de atirar. Vou jogando as músicas e as que o público gosta, ficam. Foi dessa forma que a gente conseguiu construir esse trabalho”, explica a fórmula.
“Se eu me aproximar mais, eu viro sertanejo. E se o sertanejo aproximar mais, vai começar a cantar forró. Já estamos bem no limite", aponta Wesley Safadão. Sobre a aproximação com o ritmo líder nas rádios brasileiras, o artista comenta há diferências entre as sonoridades. "No forró temos a questão dos metais e da sanfona. A timbragem de instrumentos e a diferença entre os tons. Essa foi uma das preocupações desse projeto. Vamos nos manter o fiéis ao som que estamos habituados a fazer na estrada", garante.
Barreiras
“Vai Safadão!”
Início da carreira
Estilo
O projeto do DVD Wesley Safadão
é megalomaníaco. O cantor cearense quer ser reconhecido em todo país e
até planeja uma turnê na Europa e nos Estados Unidos. Por isso, o local
escolhido para a gravação foi o Estádio Mané Garrincha, na capital
brasileira. A ideia é lançar o álbum em tempo recorde. Pois cantor está
acostumado a ter suas produções escoadas rapidamente através da
internet. O DVD será masterizado em Los Angeles e lançado pela Som
Livre.
Neste álbum, Wesley promete gravar cerca de 30 músicas. O repertório vai incluir os recentes sucessos Camarote, Leva eu pra tua casa, Sou ciumento mesmo e
inéditas. “Algumas regiões não conhecem nosso trabalho. Então queremos
mesclar músicas que estão na boca das pessoas com outros 50% de faixas
inéditas”, explica o cantor.
“Faremos um projeto audacioso que não é parecido com nada que já
foi feito. Nesse DVD buscamos algo inovador”, destaca Wesley. “É um dos
maiores DVDs do Brasil e com estrutura de shows internacionais. Estamos
explorando 100% do espaço e o protagonista do cenário é o estádio de
futebol”, explica o diretor geral do DVD Fernando Trevisan, o Catatau.
Para
o show deste sábado Wesley não anunciou participações de outros
artistas. Mas deixou em aberto a possibilidade de “puxar” algum amigo
músico para dar uma canja. Um dos nomes sugeridos é o do cantor
sertanejo Jorge - da dupla Jorge e Mateus - que estará no evento. Porém,
ele já adiantou que o disco vai conter uma música em parceria com Ivete
Sangalo – que ainda não foi gravada – mas deve entrar como faixa
bônus.
A palavra de ordem deste trabalho é versatilidade. O objetivo é mostrar para o Brasil que o forró de Wesley também dialoga com outros ritmos. “Alguns radialistas pediram para mudar um pouco a batida de Camarote, para ficar mais ‘sertanejada’. Nós preferimos forçar um pouquinho e conseguimos emplacar”, comemora o empresário Renan Nóbrega. A primeira música de Wesley com destaque nacional foi Tentativas em vão, em 2010. “Por mim lançava músicas todos os dias. Tenho esse hábido de atualizar sempre meu repertório e estar trazendo novidade. Não tenho medo de atirar. Vou jogando as músicas e as que o público gosta, ficam. Foi dessa forma que a gente conseguiu construir esse trabalho”, explica a fórmula.
“Se eu me aproximar mais, eu viro sertanejo. E se o sertanejo aproximar mais, vai começar a cantar forró. Já estamos bem no limite", aponta Wesley Safadão. Sobre a aproximação com o ritmo líder nas rádios brasileiras, o artista comenta há diferências entre as sonoridades. "No forró temos a questão dos metais e da sanfona. A timbragem de instrumentos e a diferença entre os tons. Essa foi uma das preocupações desse projeto. Vamos nos manter o fiéis ao som que estamos habituados a fazer na estrada", garante.
Escolha do repertório
A partir desse
crescimento, queremos que nossa música entre em todas as casas do país.
Me preocupei em não ter músicas repetidas falando do mesmo contexto da
outra. Já cantei muita coisa de duplo sentido e até um pouco pesadas. No
nosso show tem de tudo, música romântica, de cachaça, de diversão e dor
de cotovelo. Quando chego à certos lugares me sinto a Xuxa. Recebo o
maior carinho das crianças. É muito bom. E, além disso, conseguimos
atingir os pais e os filhos. Vejo os fãs mais antigos que são pais e
continuam indo aos shows. Conseguimos manter nossos fãs e conquistar
outras gerações também. Graças a Deus!
Usina de Hits
Os
compositores Neto Barros, Jota Reis, Cabeção do Forró, Raniere Mazile,
Zé Hilton e Conde Macedi são parceiros de longas datas. Eles se
denominam como o grupo “Usina de hits”. A música Camarote foi um grande presente. Em média 60% das músicas desse DVD são deles. Camarote, Segunda opção, Sou ciumento, Veja só no que deu, Eu vou pagar pra ver, todas elas são da mesma fonte. Eles mandaram 32 músicas pra mim e Camarote
estava no meio. Quando ouvi já senti que seria estouro, mas não
imaginava que iria tão longe. De onde saiu essa tem muito mais!. Barreiras
"A princípio o forró tinha
uma barreira no restante do Brasil. Porque havia uma conotação de brega,
de povão. E a gente conseguiu aceitação de um público selecionado - a
classe A. Isso ajudou para que Wesley conseguisse expandir para São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília e outros estados fora do
Nordeste. Tem sido uma repercussão muito positiva. Mas nossa base é o
Norte e Nordeste. É o que nos dá força para chegar aqui com o artista já
consagrado", comenta Renan Nóbrega.
“Vai Safadão!”
O
grito 'Vai, Safadão’ surgiu de forma despretensiosa. Estava no camarim
para subir ao palco em Patos-PB e decidi entrar com a música Poderosa,
que tem uma introdução com trompete. Quando começou o show eu não sabia
o que falar. No improviso soltei o “Vai Safadão” e o povo continuou
repetindo. E deu certo! Esse grito está dando aquele empurrão para esta
nova fase do nosso trabalho.
Início da carreira
A
gente passou por vários processos. Comecei a cantar graças ao meu tio e
minha mãe, proprietários da banda Garota Safada. Tudo aconteceu por
acaso, e eu não queria. Tinha outros sonhos, como o de ser jogador de
futebol. Não teria dado continuídade a essa questão da música. Até hoje
mantenho um vínculo de amizade com os ex-vocalistas da Garota Safada. E
tenho uma vontade de reunir todas as pessoas que já fizeram parte da
banda, como Mara Pavanelly e Márcia Fellipe, e realizar um projeto todos
juntos.
Estilo
A questão do
cabelo é possível que eu corte sim. Achava que iria cortar aos 30 anos.
Mas hoje, acredito que posso fazer antes disso. Mas ele virou um marco
do Wesley. Quando comecei a usar o coque, até para brincar. Até
dezembro, as pessoas para me reconhecer tinham que dar uma olha mais
profunda. Agora estou com o rosto a mostra, as pessoas me enxergam mais.
E me senti mais solto no palco.
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