26/01/2017

MULHER FICOU 6 DIAS SEM OS PULMÕES PARA SOBREVIVER

Uma gripe, uma doença genética desfavorável, a fibrose cístca, que induz o organismo a produzir substâncias mais espessas, como o muco, e Melissa Benoit, de 32 anos, ficou à beira da morte.

Foi no ano passado, em Abril, e os médicos que trataram o seu caso, no Toronto General Hospital, no Canadá, viram-se obrigados a tomar medidas radicais para lhe salvar a vida: removeram-lhe os pulmões, que estavam irremediavelmente infectados e em degradação acelerada, e ligaram-na a um complexo sistema de suporte de vida, à espera da primeira oportunidade para um transplante, que chegou seis dias depois. Melissa, mãe de uma menina de três anos, salvou-se.

O caso foi relatado pela equipa de cirurgiões do hospital de Toronto no Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery, publicado esta quarta-feira, e os médicos estão convictos de que este terá sido o primeiro procedimento do cirúrgico no seu gênero.

Com a função respiratória gravemente afetada pela combinação do episódio de gripe e da sua doença genética, Melissa Benoit foi internada, medicada e assistida com ventilação artificial, mas o seu estado não parou de se agravar. A infecção bacteriana não respondeu aos antibióticos e os órgãos começaram a entrar em falência. Não teria muitas horas mais de vida, a menos que os pulmões infectados fosses removidos.

"Foi uma discussão difícil porque estávamos a falar de algo que, tanto quanto sabíamos, nunca tinha sido feito, havia muitas incertezas", conta, citado pelo The Huffington Post, Niall Fegusson, o diretor dos cuidados intensivos do University Health Network, unidade que integra o Hospital Geral de Toronto.

A condição crítica da doente acabou por ser decisiva. "Ela estava a morrer e se não fizéssemos qualquer coisa teria morrido nesse dia", sublinha o clínico.

Melissa foi operada, recuperou da condição crítica, viveu durante seis dias ligada a um sistema de suporte de vida com um pequeno pulmão artificial e depois foi transplantada com sucesso.

A recuperação foi longa. Melissa deixou de conseguir sequer segurar a cabeça ou sentar-se. Esteve internada durante meses e depois fez fisioterapia intensiva. Hoje já anda sozinha e faz uma vida normal.

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